A AI está sob os holofotes no mundo todo, e os desenvolvedores locais estão roubando a cena.
Os movimentos comunocêntricos são fundamentais para promover a inovação na AI, segundo Kate Kallot, diretora de regiões emergentes na NVIDIA.
No dia da abertura da maior AI Expo Africa até hoje, Kallot fez uma apresentação para uma multidão virtual de 10 mil pessoas. Ela destacou como a AI pode alimentar revoluções tecnológicas e criativas em todo o mundo.
Kallot também mostrou como a NVIDIA apoia desenvolvedores em mercados emergentes para criar e dimensionar projetos de AI, inclusive pelo Programa de Desenvolvedores NVIDIA, com mais de 2,5 milhões de membros; pelo programa NVIDIA Inception, que oferece suporte, expertise e tecnologia para startups de AI, ciência de dados e HPC, e o Deep Learning Institute da NVIDIA, que fornece recursos educacionais para interessados em AI.
“Espero ajudar a inspirar maneiras com que vocês possam impulsionar aplicações e contribuir para a revolução africana da AI”, disse Kallot.
Para isso, ela mostrou como a revolução da AI já está em andamento na África.
Startups Usam AI para Fortalecer Agricultura e Pesca Sustentáveis
A startup sul-africana Aerobotics é membro do NVIDIA Inception e usa AI para ajudar agricultores a proteger as plantações e maximizar o rendimento.
A plataforma com tecnologia fornecida por AI da empresa analisa imagens de árvores capturadas com drones que indicam aos agricultores quais são as mais frutíferas. Os drones operados pela Aerobotics foram implantados em quase 20 países, observou Kallot, e já processaram mais de 100 milhões de árvores.
No outro lado do continente, no Marrocos, a ATLAN Space, também membro do Inception, criou um drone com tecnologia fornecida por AI que analisa milhares de quilômetros quadrados de oceano e detecta barcos de pesca ilegais e outras ameaças ambientais. Usada pelo país insular de Seychelles, na costa de Madagascar, a plataforma ajudou a combater a caça ilegal e economizar milhões de dólares governamentais em gestão de emergências.
A Aerobotics e a ATLAN Space usam GPUs NVIDIA para treinar redes neurais e a plataforma NVIDIA Jetson para inferência no edge.
“Esses são só dois exemplos. Há centenas de outras aplicações, desde o uso da nossa tecnologia de AI por desenvolvedores africanos para proteger rios e impedir ladrões de colmeias no Quênia até o monitoramento à distância de pacientes com COVID no Senegal”, disse Kallot.
Metaverso Alavanca o Desenvolvimento de Conteúdo e Pesquisa na África
A apresentação de Kallot também mostrou uma concepção de futuro com o metaverso.
“Um dia, mais conteúdo e economia serão virtuais em vez de físicos”, disse Kallot. “Existiremos tanto no mundo físico quanto no virtual”.
Como exemplo, Kallot citou o ARMA, um dos maiores estúdios de motion graphics e animação da Etiópia, que trouxe o falecido atleta Abebe Bikila de volta à vida em uma renderização 3D artística de sua histórica vitória na maratona olímpica de 1960 em Roma. Em homenagem ao que teria sido o 89º aniversário do primeiro africano a receber o ouro olímpico, a renderização do ARMA foi divulgada ao público no mês passado.
A imagem mostra uma representação estilizada do Arco de Constantino, a linha de chegada da primeira maratona que Bikila venceu. Nela, o atleta está de pés descalços, como decidiu competir depois de perceber que os tênis novos não estavam confortáveis. A renderização, criada com o NVIDIA Omniverse, reflete com precisão a textura detalhada do Arco e a iluminação noturna da corrida.
Ao compartilhar esse modelo divertido, Kallot quis incentivar criadores de conteúdo, desenvolvedores e pesquisadores a perseguir grandes metas nos próprios projetos.
Segundo Kallot, as GPUs NVIDIA são usadas por muitos grupos de pesquisa em toda a África, incluindo o Kenya Education Network Trust, a Universidade Makerere, a Universidade de Stellenbosch e a Universidade da Cidade do Cabo, que criam e aprimoram as tecnologias e inovações de ponta que estão alimentando a revolução da AI no continente.
“Pense nas infinitas possibilidades do que você pode fazer com a AI, seja como desenvolvedor, animador ou amador”, disse ela. “Emocionante, não é?”
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